CIDADES
Superbactéria mata jovem de 18 anos: ‘Ponto de entrada foi uma acne’, diz mãe
Uma estudante de biomedicina, de 18 anos, morreu, na segunda-feira (12), por complicações de uma superbactéria. O caso foi registrado em Blumenau, em Santa Catarina.
Pelas redes sociais, a mãe de Dâmilly Beatriz da Graça se manifestou sobre a perda e disse que a filha contraiu o microrganismo por meio de uma acne do rosto. A bactéria costuma ser encontrada em infecções de pele.
“Minha filha foi tingida por uma bactéria agressiva e de difícil reversão (Staphylococcus aureus). Gerou uma infecção generalizada e ocasionou falência múltipla dos órgãos”, escreveu Daniela Veiga.
No comunicado, Daniela Veiga disse ainda que a jovem procurou atendimento médico no primeiro fim de semana de junho, devido à dor no pescoço. Na ocasião, recebeu medicação e foi liberada.
No sábado (10), a filha continuou sentindo dores. Já no domingo (11), a jovem acordou com rosto bastante inchado e retornou ao hospital. No local, os médicos indicaram a necessidade de uma vaga em Unidade de terapia Intensiva (UTI). Entretanto, o quadro piorou rapidamente e no dia seguinte ocorreu a morte.
“Os profissionais não mediram esforços na tentativa de reversão do quadro. Com muita agilidade desde a chegada ao hospital no domingo, rapidamente direcionando para a UTI, até o momento do óbito”, desabafou a mãe.
Natural de Timbó (SC), Dâmilly Beatriz da Graça era filha única e começou graduação de biomedicina na Universidade Regional de Blumenau (Furb) este ano.
Por meio de nota, a instituição lamentou a perda da estudante.
“A Universidade Regional de Blumenau (FURB) lamenta o falecimento da estudante de Biomedicina, Dâmilly Beatriz da Graça.”
O que é a bactéria Staphylococcus aureus
De acordo com um artigo publicado pelo Dr. Jacyr Pasternak, infectologista do Hospital Israelita Albert Einstein, a Staphylococcus aureus é uma espécie das muitas do gênero dos estafilococos, um tipo de bactéria integrante da flora residente no corpo humano. Normalmente ela permanece no corpo sem causar doenças.
Ela está presente nas fossas nasais de 20 a 30% das pessoas. Ele também forma colônias na nossa pele. Se a pele for ferida, por exemplo, pode acabar gerando uma possível infecção. O mesmo acontece se ela for introduzida na corrente sanguínea, como pode acontecer com usuários de drogas injetáveis.
